Por João Noaves, assessor de comunicação
Profissionais de direito possuem visão técnica e especializada sobre uma diversa gama de aspectos da sociedade. Por essa razão, juristas são frequentadores assíduos de colunas de opinião em meios impressos e eletrônicos. No entanto, mesmo que a maioria tenha total domínio do uso das palavras, é comum que incorram em alguns vícios de estilo na escrita inerentes à linguagem jurídica. Como consequência, o artigo de opinião nem sempre encontra a repercussão desejada.
Em primeiro lugar, deve-se desfazer uma confusão comum para quem não é familiarizado ao meio jornalístico: artigo de opinião, ou coluna
não é notícia (texto factual), que busca isenção e objetividade. O objetivo principal do autor, ou colunista, é a dissuasão, o convencimento.
Torna-se, portanto, obrigatório, também em razão da limitação de caracteres, que o autor exponha sua opinião de forma clara e direta. Também deve utilizar artifícios como: uso de exemplos para reforçar o argumento; relação de causa e consequência; construção de contra-argumentos; afirmações de efeito, entre outros.
O “juridiquês”, deve ser usado com moderação – com mais tolerância para os veículos especializados. O título merece atenção especial – um chamariz fraco afasta leitores, por mais brilhante que seja o resto.
Por fim, não existe texto que não melhore com uma boa edição. Por isso, é recomendável que ele termine de ser lapidado por uma assessoria experiente e com bons contatos nas redações. Assim, só aumentam as chances de uma repercussão positiva.